PAUL DÉROULÈDE
( França )
Paul Déroulède (2 de setembro de 1846 - 30 de janeiro de 1914) foi um autor e político francês , um dos fundadores da nacionalista Liga dos Patriotas .
Déroulède nasceu em Paris. Publicou-se primeiro como poeta na revista Revue nationale , com o pseudônimo de "Jean Rebel". Em 1869 produziu, no Théâtre Français , um drama de um ato em verso chamado Juan Strenner . [1]
No início da Guerra Franco-Prussiana, ele se alistou como soldado raso, mas foi ferido e feito prisioneiro na Batalha de Sedan . Ele foi enviado para Breslau (agora Wrocław), mas escapou. Ele então serviu com os generais Antoine Chanzy e Charles Denis Bourbaki , participou da desastrosa retirada deste último para a Suíça e lutou contra a Comuna de Paris . Depois de ser promovido a tenente, foi forçado por um acidente a se aposentar do exército. [2] [3]
Em 1872, publicou uma coleção de poemas patrióticos (Chants du soldat ), que gozou de grande popularidade. Isto foi seguido em 1875 por outra coleção, Nouveaux Chants du soldat . Em 1877, ele produziu um drama em verso chamado L'Hetman , que teve um sucesso moderado devido ao fervor patriótico de seus sentimentos. Para a exposição de 1878, ele escreveu um hino, Vive la France , que foi musicado por Charles Gounod . Em 1880 seu drama em verso, La Moabite , que havia sido aceito pelo Théâtre Français, foi censurado por motivos religiosos.
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CLÁSSICOS JACKSON – VOLUME XXXIX POESIA 2º. Volume. Seleção de ARY MESQUITA. São Paulo, SP: W. M. Jacson Inc., 1952. 293 p. encadernado. 14 x 21,5 cm Ex. bib. Antonio Miranda
O CORNETEIRO
des CHANTS DU SOLDAT
(Tradução de ARY DE MESQUITA )
O ar é puro, é larga a estrada,
Soa o toque da avançada
E vão cantando os soldados,
E lá, no fim, na colina,
A massa enorme se inclina
Dos contrários enraivados.
O corneteiro é um valente
Que encara a luta fremente
Como caça de perdizes;
Ele viu muita peleja,
E tem o peito, que arqueja,
Coberto de cicatrizes.
Dirige sempre os combates,
Mas nunca ouviram rebates
Mais ferozes que os de então,
E ao som que a corneta lança,
Palpita n´alma a esperança,
Coragem no coração.
E o largo esquadrão corria
Por entre a fuzilaria,
No seu ímpeto guerreiro,
Até que sopra a corneta
O sinal da baioneta,
E escalam todos o outeiro.
Em dando o toque da carga,
Vem, reboando, uma descarga,
Mal ferido o derrubar,
Mas num gesto sublimado,
Assim mesmo ensanguentado,
Toca, toca, sem cessar!
O sangue cai das feridas,
Mas a mão que as tem premidas
A morte retarda um pouco;
E dos seus alucinado,
Precipitando os soldados,
Toca, toca, como um louco.
Ei-lo ali, no chão, caído,
Caído no chão querido,
No chão querido a sangrar,
E na boca ensanguentada
Colando a corneta amada,
Toca, toca, sem cessar!
Depois ele vê seu bando
Ir pouco a pouco avançando...
Depois ele o vê vencer...
Depois... se escuta um gemido...
Ele deixa-se morrer.
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Página publicada em maio de 2023
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